segunda-feira, 25 de março de 2013

Saiba como reconhecer os sintomas e se proteger do AVC

O AVC, popularmente chamado de derrame, já não é mais uma doença só de idosos - hoje, também atinge muitos jovens. Para se prevenir é importante adotar hábitos saudáveis e saber identificar seus sintomas.

Patrícia Affonso - Edição: Mdemulher
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Foto: Thinkstock
 
O acidente vascular cerebral (AVC, popularmente chamado de derrame) deixou de ser uma doença só dos idosos - hoje, também atinge muitos jovens. Para combatê-la, é importante adotar hábitos saudáveis e saber identificar os sintomas. "A população jovem está no alvo da doença devido à maior exposição aos fatores de risco", explica Antonio De Salles, professor de medicina da Universidade da Califórnia (EUA) e neurologista do Hospital do Coração (SP).
Existem dois tipos de AVC: o isquêmico, que é o mais comum e corresponde a cerca de 85% dos casos, e o hemorrágico, que responde por 15% do total. "Em ambos, os neurônios da região afetada morrem, causando sequelas que vão depender da extensão da lesão e das áreas envolvidas. Podem ocorrer paralisias, perda ou dificuldade nos sentidos e problemas de memória e cognição, por exemplo. Nos casos mais severos o AVC leva à morte", diz Gisele Sampaio, neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

Conheça cada tipo:

 
ISQUÊMICO nesse caso, a obstrução de uma artéria, causada por um coágulo, bloqueia o fluxo de sangue que deveria irrigar determinada região do cérebro. Pode ocorrer também por causa de uma falha do coração, que deixa de bombear o sangue adequadamente e gera um fluxo insuficiente na massa cinzenta.
 
HEMORRÁGICO é decorrente de uma ruptura nos vasos sanguíneos intracranianos, que causa derramamento de sangue entre o cérebro e o crânio ou em alguma outra área. Esse tipo de derrame pode ser consequência de um aneurisma cerebral (doença que dilata as artérias), de lesões nos vasos sanguíneos e de rompimentos associados à pressão arterial elevada.
 
Como se proteger?
Mantenha uma dieta saudável e pratique exercícios regularmente. Assim o colesterol fica controlado - em níveis altos, ele se fixa nas veias e artérias, prejudicando a circulação.
Cuide da pressão arterial. Quem tem hipertensos na família deve consultar um médico com frequência. Em alguns casos, a medicação é indispensável. Em outros, reduzir a ingestão de sódio e exercitar-se é suficiente.
Não fume. O cigarro reduz a oxigenação do sangue e lesiona os vasos, facilitando a formação de coágulos.
Controle as doenças que facilitam a incidência de AVC. É o caso do diabetes e das arritmias cardíacas. A primeira eleva as chances de formação de placas nos vasos sanguíneos e a segunda, de coágulos. Uma pesquisa americana também apontou que o risco de AVC é 50% maior em mulheres que sofrem de enxaqueca com alterações na visão. A ligação entre os problemas ainda é desconhecida.
Se você tem fatores de risco, evite os contraceptivos orais. As pílulas aumentam a capacidade de coagulação do sangue e o risco de trombose, o que pode levar ao AVC. Mas, por si só, ela não representa perigo. O problema é associá-la a hábitos nocivos ou predisposições.
Use fio dental. A má higiene bucal abre espaço para que bactérias nocivas entrem no corpo e contribuam para o afunilamento das artérias.
 
Sinais de alerta
Reconhecer os sintomas do acidente vascular cerebral é essencial para minimizar os seus prejuízos. Abaixo, você confere os principais indicativos de que algo não vai bem e fica preparada para agir rapidamente:
Cegueira fugaz ou alterações na visão.

Formigamento nos membros superiores, inferiores ou no rosto.

Paralisias e dificuldades para realizar movimentos, até mesmo os mais simples, como engolir.
Dor de cabeça intensa e repentina.
Dificuldades para caminhar ou manter o equilíbrio.
Problemas para falar ou entender o que os outros dizem.
Fonte:blog Lucineide Medeiros.

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