Estudo que sugere que mulheres comam amendoins para diminuir chances de alergia do alimento nos filhos gera polêmica entre médicos
As crianças poderiam ter menos riscos de desenvolverem
alergia ao amendoim se as mães comessem mais castanhas na gestação,
apontou uma recente pesquisa do Dana-Farber Children's Cancer Center, de
Boston, nos Estados Unidos. De acordo o site inglês Daily Mail, o
consumo de castanhas não causa nenhum dano ao bebê.
Em geral, as mulheres grávidas são instruídas a não
comerem castanhas, especialmente se têm casos de alergias na família.
Isto é uma precaução para que o bebê não tenha sensibilidade à castanha.
Segundo os médicos, um em cada sete crianças sensíveis, desenvolvem
alergia.
No entanto, o estudo, que avaliou 8.205 crianças, mostra
que não há risco aos bebês, com exceção das mães que são alérgicas a
amêndoas, castanha de caju, avelãs ou pistaches, e que devem se manter
longe do consumo durante a gestação.
Os números mostraram que os bebês de mães que comiam
castanhas até cinco vezes por semana tinha chances inferiores de
desenvolverem aversão ao grupo de alimentos. "Nosso estudo apóia a
hipótese de que a exposição a alérgenos precocemente aumenta a
probabilidade de tolerância e, assim, reduz o risco de alergia alimentar
na infância", explica a Dra. Lindsay Frazier, responsável pelo estudo.
Para Dra. Ruchi Gupta, especialista da Northwestern
University Feinberg School of Medicine de Chicago, a pesquisa mostra que
as mulheres grávidas devem avaliar melhor antes de suspenderem o
consumo de certos alimentos. "Obviamente, as mulhers alérgicas devem
continuar evitando as castanhas, mas o restante não deve eliminar porque
são ótima fonte de proteína, ácido fólico, que ajuda a prevenir
defeitos no tubo neural, além de reduzir a sensibilidade a alergias
alimentares", disse.
O resultado do estudo gerou controvérsia no meio médico,
já que alguns especialistas disseram que pesquisas anteriores não
haviam mostrado nenhum efeito real dos efeitos positivos do consumo.
"Existe também uma forte evidência que sugere que a alergia não se
desenvolve até o nascimento e que a exposição da pele do bebé à proteína
das castanhas é o item mais importante no desenvolvimento da alergia",
explica Dr. Adam Fox, consultor em alergias infantis do Guy's and St
Thomas's NHS Foundation Trust.
Ele completa: "os últimos estudos mostram
que não há necessidade de evitar as nozes, nem de comê-las ativamente".
As pessoas que são diagnosticadas com alergia a amendoim
podem ter problemas respiratórios se comerem ou entrarem em contato com
o alimento e, em casos extremos, correm o risco de terem choque
anafilático. Segundo levantamentos, o número de crianças britânicas
alérgicas a castanhas dobrou nos últimos 20 anos.
Fonte«http://www.lucineidemedeiros.com/
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